Cachaça? Desce mais uma e nada de passar a régua!
- gustavopezzuto
- 20 de mai. de 2020
- 2 min de leitura
Tipicamente brasileira, a cachaça, ou simplesmente pinga para os mais íntimos, faz parte da história de colonização do Brasil. Descoberta no século XVI pelos escravos de engenho, a cachaça era considerada uma bebida com status bem ruim, já que seus maiores apreciadores eram os negros e os brancos das classes mais pobres. Naquela época, os ricaços preferiam vinho e bagaceira (sim, bagaceira!), um tipo de aguardente feita com bagaço de uva.
A Coroa Portuguesa também não gostava da ideia de disseminação da cachaça. Afinal de contas, nossos descobridores lucravam com impostos em cima da venda de seus vinhos e da tal bagaceira.

A cachaça atingiu sua glória na Semana de Arte Moderna de São Paulo, em 1922, quando toda nossa cultura, tudo aquilo que era produzido dentro do país, foi bravamente valorizado e exaltado. Foi a vez dos modernistas mostrarem ao mundo o que o brasileiro tem de melhor, incluindo nossa gastronomia. A cachaça foi o tira-gosto do evento!
Segundo a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária – EMBRAPA, a cachaça é a terceira bebida destilada mais consumida no planeta. Aqui, no Brasil, ela é a queridinha dentre os destilados e ocupa a primeira posição no ranking.
Ainda de acordo com a EMBRAPA, existem, no país, mais de 40 mil produtores de cachaça artesanal, também conhecida como cachaça de alambique. Os estados de Minas Gerais e Rio de Janeiro são referência nesse tipo de produção.
E por falar em Minas Gerais, chegou a hora de entender porque 21 de maio ganhou o título de Dia da Cachaça Mineira.
Neste mesmo dia, em 2001, o então governador do Estado, Itamar Franco, assinou o decreto que regulamentava a produção da bebida em Minas. E também é nesse período que tem início a safra da cana-de-açúcar na região.
E não se confunda! É tanto amor pela “marvada pinga” que também existe o Dia Nacional da Cachaça, comemorado em 13 de setembro. Ele é uma homenagem à data em que a cachaça passou a ser oficialmente liberada para fabricação e venda no Brasil, em 1661. Mas essa é uma outra história porque agora é hora de abrir minha cachaça mineira e comemorar!
Desce mais uma e não passa a régua!
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